23 janeiro 2017

 

EUA: ano zero

O mundo está incrédulo com a chegada deste sujeito à Casa Branca. É a primeira vez que chega à presidência dos EUA um indivíduo sem credibilidade para o cargo. Bush filho estava mal preparado. Mas este Trump está abaixo dos mínimos exigíveis. É uma personagem burlesca, física (aquele cabelo solto que parece que vai fugir à frente dele, aquela gravata que chega ao fundo da braguilha) e mental (não tem programa, não tem ideias políticas, só meia dúzia de slogans dum primarismo rudimentar saem daquela boca). É uma autêntica personagem de opereta, mas que não faz rir, nem sequer sorrir. Incredulidade, perplexidade e receio são os sentimentos que ele desperta. A única boa notícia é que logo no dia da posse começaram as manifestações populares adversas. Será que a política, entendida não como jogos de poder nos corredores do Capitólio, mas como confronto de ideias e de práticas políticas a todos os níveis, incluindo a "rua", vai (re)nascer nos EUA? Sabemos que naquele país não existem propriamente partidos políticos, pelo menos no sentido de organizações políticas com projetos políticos diferentes para a sociedade (os partidos políticos americanos não são de direita nem de esquerda, servem apenas para propor candidatos às eleições). Não é previsível que a curto prazo, como a situação impõe, se reorganizem para viabilizar o aparecimento de projetos políticos anti-Trump. Por isso será necessariamente fora dos partidos tradicionais que esses projetos terão que aparecer. Não será, a meu ver, Obama, um homem perfeitamente "institucional", que poderá encabeçar qualquer movimento inovador. Talvez Bernie Sanders. Não é altura de ele reaparecer? Afinal se ele tivesse sido o candidato democrata talvez as coisas tivessem sido diferentes...





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