24 junho 2016

 

Brexit e outros possíveis exits

Afinal ganhou o "out". Ganhou pelas piores razões: xenofobia e saudosismo imperial. As consequências práticas para a UE não serão muitas porque a Inglaterra verdadeiramente nunca esteve com os dois pés dentro. Mas o resultado não deixa de ser uma enorme bofetada para todos os que nos últimos anos têm dirigido os destinos da UE, a começar evidentemente pelo governo alemão. Uma Europa à deriva, à mercê dos interesses dos países mais fortes, indiferente (e punitiva) para os países mais frágeis, sem instituições próprias credíveis e respeitadas, sem projeto definido que não seja o Tratado Orçamental, a bíblia dos atuais europeistas, é este o estado atual do "projeto europeu". "Eles" sentiram imediatamente o golpe, vão reunir em Berlim, mas é claro que não há muitas (nem poucas) esperanças de mudança de rumo... Agora, no princípio de julho, a propósito das anunciadas sanções contra Portugal, já vamos ver... Voltando às ilhas britânicas, o processo de saída agora aberto também não vai ser fácil. Aguardemos o que vai fazer a Escócia (onde a permanência ganhou com 62%...) e a própria Irlanda do Norte.





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