26 janeiro 2016

 

No rescaldo das presidenciais


É curioso observar como muitos dos comentadores da direita que se não cansaram de louvar a transversalidade da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa se afadiguem agora a falar da derrota de partidos à esquerda, nomeadamente do PS e, sobretudo, de António Costa, reduzindo assim, a posteriori, a abrangência daquela candidatura. Facto que é tanto mais estranho, quanto essa leitura é mais adequada às legislativas e imprópria para as candidaturas presidenciais. Aliás, só as candidaturas de Marisa Matias e Edgar Silva tinham um cunho mais partidário, destinando-se a testar o poder dos respectivos partidos e consolidar ou reconfirmar as suas posições.

 Tal significará que muitos dos apoiantes de Marcelo, não obstante terem enchido a boca com a transversalidade da candidatura e o seu carácter suprapartidário, querem um presidente de facção e estão mortos por vingarem a solução governativa que foi encontrada. Porém, Marcelo, na noite da vitória, foi claro a afirmar que não havia vencidos nestas eleições e que faria todos os esforços para manter a estabilidade governativa.





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