11 maio 2015

 

Deputados de proximidade? Não, obrigado!

Os resultados das eleições no Reino (não muito) Unido, em que vigoram os círculos uninominais, são um bom motivo de reflexão sobre este sistema, muito recomendado por sábios e comentadores cá do burgo, pelas virtudes da "proximidade" aos cidadãos. Vejamos rapidamente três ou quatro dados: os conservadores obtiveram uma retumbante vitória, com maioria absoluta, recolhendo apenas 36,9% dos votos; os trabalhistas tiveram uma derrota arrasadora, aumentando a votação de 29% para 30,4%... O famoso UKIP teve uma derrota estrondosa (ficando reduzido a um único deputado, tinha dois) mas subiu de 3,1% para 12,6%, sendo o terceiro partido mais votado a nível nacional... Por sua vez, o Partido Nacionalista Escocês ganhou 56 lugares (dos 59 que cabem à Escócia) com apenas 4,7% dos votos nacionais... Isto parece uma chapelada, um roubo de igreja (ou de catedral)... Mas não é: é a ilustração poderosa das virtudes da "proximidade" dos deputados... Bom, por mim, renuncio a elas...





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