07 janeiro 2015

 

Insinuações (pouco) diplomáticas

Numa breve "carta à diretora" do "Público" (hoje) o "embaixador aposentado" Francisco Seixas da Costa, depois de defender que aos diplomatas também deve ser atribuído um subsídio de exclusividade, à semelhança do que presumivelmente acontecerá com os magistrados, remata assim: "Reconheço, contudo, que os diplomatas estão longe de terem, nas suas mãos, instrumentos de pressão tão convincentes como aqueles que os magistrados possuem nos dias de hoje face aos políticos." Donde decorre que o diplomata considera que as investigações abertas e as condenações de ex-governantes não são mais do que "instrumentos de pressão" dos magistrados para obterem o dito subsídio (e eventualmente outras "regalias"), e que os atuais governantes cederam à "pressão" com receio de que lhes aconteça o mesmo... Parece-me bastante primário tal raciocínio, mais próprio de um motorista de táxi. Habitualmente os diplomatas, e concretamente o referido, desenvolvem argumentação mais subtil, profunda e perspicaz sobre os temas que tratam. Mas será melhor dar algum desconto: todos nós temos os nossos dias maus...





<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?


Estatísticas (desde 30/11/2005)