28 janeiro 2014

 

Restringir o aborto é bom para a economia?

O PP espanhol acha que é preciso aumentar a natalidade, que isso favorece a economia do país, e por isso tem uma proposta de lei altamente restritiva da IVG. Já se sabe que não há nenhuma relação, direta ou indireta, entre natalidade e interrupção de gravidez; a natalidade promove-se não com restrições ao direito das mulheres a uma maternidade livre e consciente, mas sim com políticas públicas, de diversa ordem, que as estimule a livremente querer ter filhos. Já se sabe que restringir o aborto não tem qualquer eficácia prática, apenas incentiva o aborto clandestino. Num momento em que a legislação europeia em sede de IVG é razoavelmente homogénea e liberal e popularmente incontroversa (tirando os conhecidos e muito católicos exemplos da Polónia, de Malta e da Irlanda), para quê ressuscitar os velhos fantasmas da ortodoxia mais reacionária? Uma coisa parece certa. Os direitos nunca estão definitivamente adquiridos. O retrocesso espreita sempre...





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