24 janeiro 2014

 

Obama, versão negra

Obama tanto veste de branco como de negro. Geralmente de branco, pois esse é o traje que lhe dá respeitabilidade interna. É com esse traje que debita com firmeza sobre a luta contra o terrorismo e as vantagens imprescindíveis da espionagem universal sobre as comunicações entre cidadãos, mesmo que insuspeitos (a verdade é que para o governo americano não há cidadãos insuspeitos, nem fora nem dentro de muros). Há porém ocasiões em que Obama traja de negro. São raras, mas por vezes acontecem. Aconteceu há tempos quando comentou o assassinato de um delinquente negro jovem por um segurança, dizendo subliminarmente que ele, quando jovem, era parecido com ele. Aconteceu também há dias quando falou da necessidade alterar a política de drogas, acentuando o caráter terrivelmente discriminatório que ela envolve, sob a capa de defesa da saúde pública. Disse ele: "Os miúdos da classe média não são detidos por fumar erva, os miúdos pobres são. Os miúdos afro-americanos e os miúdos latinos têm mais probabilidades de serem pobres e menos probabilidades de ter os recursos e o apoio para evitar sentenças excessivamente duras." Nem mais! Um tiro em cheio no porta-aviões! Mas será que alguma coisa vai mudar? Alguém acredita nisso?





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