19 outubro 2013

 

Ninguém pode ficar indiferente


 

 

As pressões sobre o Tribunal Constitucional ultrapassaram há muito a fronteira do tolerável. E não só do ponto de vista moral, mas também do ponto de vista jurídico, social e institucional, corroendo as bases do Estado de direito democrático. Mesmo as instituições da União Europeia, com destaque para a Comissão, e outras instituições internacionais, como o FMI, como a Moody’s, não se coíbem de colaborar nessa campanha abjecta, ferindo de morte o próprio cerne da soberania nacional. Eles permitem-se esse abuso, porque somos um país periférico, dependente e fraco e porque nos temos prestado, de uma forma conivente e submissa, a essas intromissões vexatórias.

O ataque inadmissível ao Tribunal Constitucional que tem sido levado a cabo por responsáveis nacionais, logo imitados por representantes dos nossos credores, não pode deixar ninguém indiferente, muito especialmente a comunidade jurídica, pois – não tenhamos dúvidas - quem assim investe contra a independência de um tribunal que hoje tem um papel fulcral na defesa do nosso Estado de direito, afronta os fundamentos da nossa democracia e o estatuto de independência do órgão de soberania “tribunais” no seu conjunto.

   





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