22 abril 2013

 

Uma proposta a ponderar: sair do euro

João Ferreira do Amaral acaba de publicar um livro que tem de ser lido. Chama-se: “Porque devemos sair do euro”.   É evidentemente polémico e até assustador o tema, mas tem de se enfrentado, e o livro ajuda. Independentemente de algum contágio nacionalista, que não partilho, a análise do autor parece-me coerente e sólida.
Há algumas afirmações que retenho e que me parecem convincentes: o Tratado de Maastricht como triunfo do neoliberalismo, na medida em que é estabelecido que a política monetária tem como único fim a estabilidade dos preços (sem preocupação com o nível do emprego ou a situação da economia), sendo o BCE impedido de emprestar dinheiro aos estados nacionais, que ficaram assim nas mãos dos famosos “mercados”; o decorrente ataque ao “modelo social europeu”; o inevitável agravamento do fosso entre economias competitivas e as menos competitivas, com a criação da moeda única e a inexistência de mecanismos de “solidariedade” entre os respetivos estados…
Sair do euro de forma organizada é uma solução que não pode ser afastada se a recusa da solidariedade de “ricos” para “pobres” se mantiver.
E a solução não é tão absurda como isso. A crise da zona euro, que vai atingindo países centrais, como a Itália e a França, pode estar no horizonte.
Aliás, na Alemanha já começam a aparecer vozes no mesmo sentido. O recentíssimo partido que tem como único lema o fim do euro não parte de políticos populistas, mas de professores e académicos reconhecidos e responsáveis…





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