07 janeiro 2011

 

Mais metralha demagógica do dr. Pinto

Diz que o dr. Pinto é de opinião, douta, de que os juízes se deviam declarar "impedidos de decidir sobre providências cautelares para travar cortes salariais na Administração Pública". Parece que é porque são "parte interessada".
Talvez a solução pudesse passar pela contratação a termo incerto de alguns boys e formava-se um colectivo presidido pelo dr. Pinto (todos com vencimento equiparado a Conselheiro e sem cortes austeros). Para compor a comissão política, digo o ramalhete, o Estado não seria representado por um magistrado do MP, que como "parte interessada" poderia sentir-se tentado a usar de torpezas processuais de modo a prejudicar o próprio "cliente". O dr. Pinto, a bem da Nação (e, sobretudo, do Governo; aliás: o Governo é a Nação), com sacrifício pessoal e contra um estipêndio não inferior ao percebido pelo PGR, poderia igualmente suportar esse pesado ónus (ainda em acumulação com o de BOA). Era tudo mais simples, o dr. Pinto obsequiava o país com os seus vastos conhecimentos jurídicos (sobretudo na área do Direito constitucional e mais especificamente em tema de separação de poderes) e com a sua granítica independência (de que tem dado inexcedível nota, nomeadamente em luminosos escritos publicados no Boletim da Sua Ordem), e, não menos importante em tempo de vacas magras, era tudo mais barato: nada de juízes e procuradores com ordenados astronómicos e privilégios pornográficos (a mais de serem pessoas de duvidosa catadura e suspeita honradez).
O que seria deste país se não fossem homens com a visão e com a generosidade do dr. Pinto!





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