21 novembro 2010

 

A Cimeira da NATO

Os senhores da guerra já se foram embora. A NATO fez definitivamente as pazes com a Rússia. E, em vez de tirar daí as devidas consequências – a sua autodissolução – aprovou um novo conceito estratégico, arrogando-se o direito de intervir em qualquer parte do mundo, contra “novos inimigos”.
Mas um dos grandes inimigos da paz é certamente esta aliança agressiva que não reconhece limitações políticas nem jurídicas aos seus “interesses”, que espalha a destruição e a morte nos países que invade (o povo asfegão é a mais recente vítima), que mais não é do que o cão de fila do capitalismo mais agressivo, o da fase da globalização.
Mas o mundo está cada vez mais complexo e multipolar. Embora a superioridade da NATO, em termos estritamente militares, seja total, nem tudo pode ser decidido pelas armas. A emergência efectiva de novas grandes potências vai dificultar estratégias puramente militares na resolução dos conflitos. Os senhores da guerra vão ter menos espaço de manobra.
Mas estes dias foram de gozo ilimitado para os nossos “atlantistas”. Encheram, em exclusivo, os canais de televisão, em comentários, em debates, dentro daquele critério de democrático unanimismo que caracteriza a nossa televisão (todos os canais) quando são tratados certos temas, como aconteceu com a guerra no Iraque, com o Afeganistão, enfim quando estão envolvidos os “States”.
Entretanto, encerrada a cimeira, como estamos nós, portugueses? Ainda existe crise? Então as “agências de rating”, uma das mais nobres instituições do capitalismo vigente, não nos vão tratar melhor? O Obama e a Merkel não lhes podem dar uma palavrinha? Não merecemos? Não nos portámos bem?
E já agora: alguém sabe alguma coisa sobre o paradeiro dos “blindados” da PSP?





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