23 setembro 2009

 

Fontes inquinadas

O caso agora chamado das "suspeitas de Belém", com os seus desenvolvimentos mais recentes, pode ser analisado de diversos pontos de vista (até o de se saber se vai reflectir-se no voto do próximo domingo).
A mim o que me interessa é reflectir sobre como foi feita a "notícia" do "Público", ou seja, com que "fontes".
Vejamos. Em Abril de 2008, uma "fonte" de Belém "soprou" ao "Público" que um certo indivíduo de São Bento funcionara como "espião" do Governo numa visita do PR à Madeira. O "Público" mandou o correspondente local averiguar e as suspeitas não só não se confirmaram, como foram mesmo desmentidas pelo correspondente. Por isso, o "Público" nada noticiou então.
Porém, bruscamente no verão passado, mais precisamente a 18 de Agosto, uma nova "boca" vinda de Belém (parece que vinda de outra "fonte", a que agora foi à vida) levou o "Público" a noticiar que Belém suspeitava que estava a ser vigiado por São Bento. Mas acrescentou então as "suspeitas" sobre a "espionagem" na Madeira, que haviam sido desmentidas.
Ora, a direcção do "Público" não só sabia que essa parte da notícia era falsa, como foi leviana ao divulgar as outras "suspeitas" sem qualquer confirmação, sendo a matéria tão melindrosa.
"Leviandade" é talvez pouco. Noticiar "bocas" (ou recados?) não é jornalismo sério. Não é sequer jornalismo. Mas assim se fazem notícias em Portugal.





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