08 maio 2009

 

Donativos, doadores e donatários

"Na última década, as 25 maiores empresas insituições que 'venderam' crédito de alto risco ('subprime') nos EUA gastaram quase 370 milhões de dólares (cerca de 277 milhões de euros)em operações de "lobby" e donativos para as campanhas de políticos norte-americanos. De acordo com um estudo divulgado ontem pelo Center for Public Integrity, uma organização sem fins lucrativos constituída por jornalistas, o objectivo destas acções era evitar a adopção de regras mais restritivas para o sector financeiro, que pudessem comprometer os altos rendimentos obtidos com os produtos de alto risco." ("Público", de ontem, p. 31) Entre os maiores beneficiários dos donativos, de 1994 a 2008, os dois partidos tradicionais (os homens do dinheiro jogam em todos os tabuleiros e apostam em todos os cavalos) e a candidatura de Barack Obama a senador do Illinois...
Como se sabe, os donativos foram bem empregados. Os doadores não têm razão de queixa dos donatários (mas só deles próprios, que fizeram o mesmo que o dono da galinha dos ovos de ouro).
Nada de novo, é claro. Nos EUA, corrupção chama-se "lobbying". Dá-se um donativo hoje, para recolher os frutos amanhã. É o sistema. Nada que Anatole France, e o seu prof. Obnubile, não tivesse já observado em 1908.





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