18 abril 2009

 

Folheando antigas e recentes páginas de notas

I - Marx

«(…) o afundamento da União Soviética libertou Marx dos sues herdeiros, autorizando-nos outra vez a ver no filósofo de Tréveris o mais conspícuo crítico do sistema dominante nos últimos séculos.»
(suplemento “Babelia” de El País, 23/08/2008)

II - Viver dos restos

Nascido em 1967, Jonhatan Littel é o escritor de quem Jorge Semprún, que fez parte do júri que o galardoou com o prémio “Goncourt” (2006), disse que escreveu um livro para o século XXI. O livro chama-se “As Benevolentes” e versa o inesgotável tema do “nazismo”. É impressionante a maneira como ele fala da personagem principal – um carrasco: «Um possível “eu”, se tivesse nascido em 1915.»
Ainda não tive coragem, nem tempo para encarar as suas quase 900 páginas cerradíssimas.
De uma entrevista que deu a Jesus Ruiz Mantilla e que veio publicada no suplemento «Ípsilon» do Público, cuja data não apontei, extraí esta passagem: «Quando Deus desaparece, coloca-se-nos um dilema. Os valores devem referir-se a algo, devem vir de algum lugar. Num mundo sem Deus, era difícil implementar um sistema ético e moral. As ideologias vieram fazê-lo, substituí-lo, mas também fracassaram, e é por isso que agora não temos nada. E os Ipod não vão construí-lo. Nem a compra e venda ou a publicidade. Esses valores em que vivemos, do consumismo, do ganhar dinheiro, não são nada. A nossa sociedade desliza pela memória que lhe resta de ter feito parte dos bons. Vive dos restos.»





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