30 maio 2008

 

Fragmentações longínquas

O acordo obtido em Dublin há poucos dias para um tratado de proibição de bombas de fragmentação não vai mudar a posição dos EUA sobre a matéria, segundo a informação autorizada do porta-voz do Departamento de Estado.
Comprende-se perfeitamente. Os EUA não são só o maior produtor de tais armas, mas também o seu maior utilizador. Como iriam passar sem elas nas guerras actuais e nas futuras que se verão na necessidade de desencadear?
É claro que estas bombas são uma arma tremenda, quer pelos efeitos imediatos de dispersão, ao embaterem no solo, espalhando centenas de minibombas, quer pelo facto de uma parte eventualmente não explodir, permanecendo no solo durante anos e anos como ameaça de rebentamento para as populações civis.
Mas isso que importa aos EUA? As bombas de fragmentação são para largar sobre os inimigos, em lugares diferentes do planeta, mas sempre distantes do território dos EUA. São fragmentações tão longínquas que não perturbam o sono dos americanos.





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