29 março 2008

 

Das menitras necessárias às mentiras involuntárias

Pacheco Pereira teoriza hoje sobre a mentira em política. Já Maquiavel o fez no sec. XVI. Mas PP faz agora uma revisão actualizada do tema. A mentira (consciente) é por vezes necessária por parte de um governo democrático, por exemplo, para tranquilizar a opinião pública, a propósio do défice, etc.
Mas, apressa-se a dizer, não foi isso que aconteceu no Iraque. Não houve quaisquer mentiras, mas antes a convicção, por parte de Bush e Blair, de que havia armas de destruição maciça no Iraque.
PP é sem dúvia um homem inteligente e culto. Mas também os homens inteligentes e cultos, quando não querem dar o braço a torcer perante a evidência do erro, incorrem em infantilidades e idiotices que fazem dó.
Se Bush e Blair não mentiram, então é porque são uns incompetentes, uns papalvos, uns pefeitos idiotas e irresponsáveis que tomam decisões de gravidade extrema como desendadear uma guerra que, além de pôr em risco o frágil equilíbrio mundial, tem consequências humanas catastróficas para o povo do Iraque (não vale a pena referir números) e para o próprio povo americano (mais de 4000 mortos, cerca de 30000 mil estropiados), sem motivo minimamente válido, com base em informações falsas, que os seus poderosos serviços secretos não foram capazes de testar...
Que grandes dirigentes e que eficazes serviços de informação!
PP tem consciência da gravidade do que diz? Não será pior a emenda que o soneto?





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