07 fevereiro 2008

 

O tal português suave, os deputados e a República

Eis o que pensava Guerra Junqueiro do povo português, dos deputados às Cortes e da República, numa época especialmente crítica para o País ou para a Pátria, como ele a entendia, em sentido místico – época que vai do Ultimatum Inglês ao falhado 31 de Janeiro, à ditadura de João Franco e, por fim, ao assassinato do rei D. Carlos.


O POVO PORTUGUÊS

“O português, apático e fatalista, ajusta-se pela maleabilidade da indolência a qualquer estado ou condição. Capaz de heroísmo, capaz de cobardia, toiro ou burro, peão ou porco, segundo o governante. Ruge com Passos Manuel, grunhe com D. João VI. É de raça, é de natureza. Foi sempre o mesmo. A história pátria resume-se quase numa série de biografias, num desfilar de personalidades, dominando épocas. Sobretudo depois de Alcácer. Povo messiânico, mas que não gera o Messias. Não o pariu ainda. Em vez de traduzir o ideal em carne, vai-o dissolvendo em lágrimas. Sonha a quimera, não a realiza”.


OS DEPUTADOS

“(…) a advogalhada de S. Bento”.


A REPÚBLICA


“Nesta agudíssima crise nacional a república é mais do que uma simples forma de governo. É o último esforço, a última energia, que uma nação moribunda opõe à morte. Viva a República! é hoje sinónimo de … Viva Portugal!”

(A Pátria – “Anotações” acrescentadas no final - 2.ª edição 1909)





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