28 janeiro 2008

 

Suharto

Suharto tem um lugar destacado entre os grandes carniceiros do sec. XX. Como Mobutu, como Pinochet, subiu ao poder através de um golpe sangrento, apadrinhado pelo amigo americano, e depois enriqueceu à sombra dessa protecção, retribuindo generosamente o padrinho. Foi assim com dezenas de déspotas made in Washington.
O que singulariza de certo modo Suharto foi o grau extremo do massacre iniciático. O Partido Comunista indonésio tinha mais de 2 milhões de militantes em 1965 e pura e simplesmente desapareceram, mais de um milhão terão sido assassinados em massa, logo no próprio dia e nos dias seguintes ao golpe, os restantes extinguiram-se com o tempo, no cativeiro e sabe-se lá onde. De Aidit, o secretário-geral, não houve mais notícia. Alguns outros dirigentes foram julgados e executados mais de 20 anos depois de detidos. Um verdadeiro extermínio em massa.
Que não foi o único, como sabemos: Papua Ocidental, Aceh e Timor são outros pontos de referência do cadastro criminal deste carrasco.
Gostaria de acreditar que há inferno, pois Suharto (e os seus padrinhos) teriam lá lugar garantido.





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