25 junho 2007

 

O dedo em riste

Houve quem gostasse ao princípio. Até intelectuais. O dedo em riste era (finalmente!) a autoridade (democrática, já se vê!) de que todos estávamos precisados. Era um dedo letal para os inimigos (os conformados, os preguiçosos, os privilegiados). O dedo apontado era não só um estilo, era um programa, era a promessa, era a esperança renascida.
Agora, parece que há gente que começa a ter dúvidas (e os tais intelectuais também). A esperança é uma flor de retórica, as promessas desfazem-se contra os actos, o programa está em farrapos.
Resta o dedo. Esse continua em riste. E não cessa de agitar-se, fulminante, em todas as direcções.





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