04 julho 2006

 

Custo-benefício e Santa Casa - uma dúvida impertinente


Uma das vantagens do período de futebolândia é a circunstância de a televisão, para além de lugar pouco recomendável, ter reforçado os antídotos de protecção para os incautos como este postador que cada vez a liga com menos frequência (nunca antes, a par de tão poucos jogos de futebol, se programaram tantas palestras em que se proporciona tempo de antena a especialistas residentes no café televisivo para comentarem assuntos fundamentais como as unhas dos jogadores ou o tipo de toque de apito dos árbitros, enquanto nas reportagens de rua, que preenchem os noticiários, são exibidos vários exemplares que mostram o grau de evolução do Homo sapiens). Daí que, só ontem me tenha apercebido de um anúncio a publicitar a acção benemérita da Santa Casa que, ao que me foi dito, tem sido repetido incessantemente em vários canais. Diga-se que se trata de um anúncio cheio de modernidade, sinal dos tempos arejados...
Sendo certo quem suporta os custos, a Santa Casa, é também evidente que se os custos forem elevados haverá quem tenha benefícios (o dinheiro vai para algum lado), daí a impertinência da minha dúvida: Foi ponderada, à luz da racionalidade gestionária que conforma a generalidade das administrações, a relação entre custos e benefícios tendo por referência as atribuições estatutárias da Santa Casa?
Ao reler este postal apercebo-me que a dúvida, além de impertinente, revela falta de misericórdia: havendo tanta miséria no mundo da publicidade e da comunicação é óbvio que se justifica a mãozinha amiga de uma Santa Casa.





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